sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Brucelose

Brucelose: É uma zoonose, doença capaz de ser transmitida ao homem pelos animais infectados. Portanto, todo criador deve ter o mínimo de conhecimento,.
Existem quatro espécies principais: a Brucella melitensis, a mais comum, encontrada nas cabras, ovelhas e camelos, abortus, dos bovinos, . suis, do porco a Brucelose.canis, dos cães, todas capazes de serem transmitidas ao homem. Brucelose.neotomae, dos roedores, (e a Brucelose ovis, das ovelhas somente infectam os animais e não constituem zoonoses os porcos e os bovinos, canis, gatas são resistentes podem apresentar bacteremias quando infectadas experimentalmente pela mesma bactéria mas não abortam.)
As bactérias vivem mais de 8 semanas no queijo fresco de leite não pasteurizado, sobrevivem à refrigeração, são viáveis no solo seco, contaminado pela urina, fezes, secreções vaginais e produtos da concepção, por mais de 40 dias e por maior tempo no solo úmido, sobrevivem por mais de 3 semanas nas carcaças congeladas e aos procedimentos da fabricação do presunto.
A transmissão da brucelose ao homem é feita principalmente pelo leite ou derivados não pasteurizados, inclusive sorvetes e pelo consumo de carne crua. A penetração das bactérias por via inalatória ocorre principalmente nas crianças e profissionais que lidam com os animais contaminados.
Os filhotes podem ser contaminados ainda dentro do útero ou pelo leite da cadela portadora da brucelose.
Após penetrarem por uma mucosa, ou mesmo por lesões da pele.
Na sua luta contra a doença, o organismo induz à resposta inflamatória que termina na formação de granulomas principalmente no fígado, baço, nódulos linfáticos e medula óssea. Pode haver orquite intersticial(inflamação do testículo) com áreas de fibrose e atrofia fibróide, endocardite com vegetações nas valvas cardíacas, lesões granulomatosas no miocárdio e envolvimento do cérebro, rins e pele.
Importante que somente a metade dos acometidos pela brucelose apresentam manifestações clínicas. Após um período de incubação de uma a três semanas, ou até de vários meses, surgem manifestações iguais às encontradas em todas as Doenças. A doença pode ser suspeitada se houver história de exposição a animais contaminados pelas brucelas. . A cultura do sangue apresenta sensibilidade de 75% se for feita na fase aguda, aumentando a sensibilidade para 90% nas culturas de medula óssea. As brucelas também podem ser encontradas em culturas de materiais dos fetos abortados, da placenta, do sêmem ou dos corrimentos vulvovaginais. Devido ao crescimento lento das colônias de brucelas, a cultura deve ser realizada por prazo de, pelo menos, quatro semanas e não apenas 7 a 10 dias como de costume..
Os resultados dos tratamentos nem sempre são satisfatórios, havendo muitos casos de recidivas. Hoje, são usadas associações de antibióticos como tetraciclinas (doxiciclina) e aminoglicosídeos (gentamicina ou a netilmicina) seguidas por doxiciclina mais rifampicina (de marcada atuação nas formas neurológicas e nas endocardites. Medidas diagnósticas e tratamentos exclusivamente da área dos veterinários que devem sempre ser consultados. Não trate os seus animais sem a orientação profissional
Aos criadores cabe a tarefa de evitar a entrada da doença no seu canil. Se acontecer será muito difícil livrar-se definitivamente dela. Portanto, todo cuidado é pouco:
O macho infectado pode contaminar o canil pelas brucelas eliminadas,durante anos, pelo sêmem e pela urina.. As cadelas infectadas, mesmo aparentemente sãs, eliminam grande quantidade de brucelas nas secreções vaginais estrais. Além da possibilidade da contaminação durante a cobertura, o ato de lamber e cheirar a vulva da cadela pode levar ao contágio pela mucosa oronasal ou conjuntival.
Como em toda a doença, há um período desde a exposição do animal até que os anticorpos sejam detectáveis nos exames. Na brucelose esse período é de, mais ou menos, um mês e o teste de aglutinação em lâmina negativo deve ser repetido após trinta dias. Os produtos de abortos, fetos mortos, restos placentários,etc., devem ser testados para brucelose, inclusive com culturas. Do mesmo modo devem ser estudadas ninhadas cujos filhotes morreram em grande número nos primeiros dias.
Um macho contaminado deve ser retirado da criação mesmo após tratamento adequado. Mesmo havendo provas que uma cadela contaminada pode gerar filhotes sãos, creio que as cadelas portadoras de brucelose, por melhores que sejam, devem ser retiradas da criação. Alguns autores sugerem a castração de todos os animais contaminados.
Os filhotes de fêmeas com diagnóstico de brucelose durante a gestação devem ser acompanhados constantemente por exames clínicos e testes laboratoriais. O manuseio de filhotes nascidos mortos, mortos precocemente após o nascimento, das secreções vaginais e produtos de abortos e dos corrimentos das cadelas deve ser feito com extremo cuidado e usando luvas. Se possível devem ser incinerados ou enterrados profundamente conforme orientação do veterinário. Usar botas para entrar nos canis.
Conclusão. A finalidade da matéria deste boletim é alertar os criadores sobre uma doença pouco conhecida da maioria deles até mesmo por não haver uma literatura muito rica.
1- Possibilidade de ser transmitida do cão ao homem;
2- Não existir, até o momento, vacina para a prevenção;
3- Ser uma doença insidiosa, facilitando o alastramento entre os animais sem o aparecimento de sintomatologia ou com sintomatologia muito pobre;
4- Por suas características biológicas, principalmente a reprodução intracelular, a efetividade do tratamento da brucelose ser sempre uma incógnita;
5- Apesar de não ser comum, a brucelose pode ser introduzida em qualquer canil prejudicando um trabalho de seleção de anos.


http://www.portaldacinofilia.com.br/portal/2010/06/28/brucelose-canina/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CORTE DE UNHAS EM CÃES

Importante frisar que a grande maioria dos animais não gosta de ser tocados na região dos pés. Principalmente aqueles que já são traumatizados de alguma forma com tosadores de Pet Shops impacientes ou inexperientes. O movimento do corte de unhas deve ser rápido e preciso, passando unha por unha, verificando se não espatifou ao invés de cortar. A grande maioria dos cães e gatos tem o 5º dedo ou ergot ou due claws, estes pode ser duplos ou simples, localizado na parte interna das patas anteriores e posteriores. Verifiquem sempre se há ou não a presença deste membro e em quantas patas, porque essa unha costuma ser esquecida e cresce indefinidamente até perfurar o corpo do animal.
Muitos cães de trabalho, de caça, de guarda ou que vivem em casas, lixam sozinhos suas unhas no chão ou em pedras ou na parede e às vezes não é necessário apará-las. Já os cães de apartamento, que costumam andar em pisos de cerâmica, madeira e azulejos acabam por perder esse hábito. Por isso suas unhas crescem rapidamente e necessitam de ser cortadas com maior freqüência.
Dentro delas se encontra uma veia, facilmente visível em cães de unhas claras. Nos cães de unhas pretas ou mais escuras, é quase impossível visualizá-la. A veia da unha, quando cortada, sangra muito e pode ser um procedimento bastante dolorido para o animal. Aconselhamos ter sempre em mãos um produto que estanca prontamente a hemorragia chamado Quick Stop, que pode ser em pó ou gel. Há varias marcas disponíveis no mercado. Um macete muito importante é sempre cortar as pontas das unhas inclinando a parte de cima do cortador para frente, com a lâmina da guilhotina voltada para você e remover da unha, apenas o que faz a curva, ou seja, o que está passando do chão. Deixe o animal pisar, veja o que sobra e corte.
O ideal é ter esse hábito toda a semana, porque, dessa forma, a veia se retrai e as unhas podem ser cortadas cada vês mais curtas e o animal se acostuma a ser manuseado e aprende a gostar da rotina. Visto que é comprovado que unhas grandes atrapalham a movimentação dos animais e podem até causar ferimentos neles ao se coçarem, por exemplo. E em nós quando pulam em nossas pernas para fazer festa.
No caso de animais ariscos ou bravos aconselhamos a ajuda de um profissional qualificado.